Conta-se que em uma carpintaria houve, certa vez, uma estranha assembleia. Foi uma reunião de ferramentas para acertar as diferenças. O martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo golpeando.
O martelo aceitou a culpa, mas pediu que fosse expulso o parafuso que, segundo ele, dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas, por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos.
A lixa acatou, com a condição que se expulsasse o metro que sempre media os outros com a sua medida, como se fora o único perfeito. O metro admitiu o seu perfeccionismo salientando que, então, o serrote também não poderia assumir a presidência por ferir aos demais cortando-os exatamente onde o metro estabelece as próprias medidas... Neste momento entrou o carpinteiro, juntou o material e começou o seu trabalho.
Utilizou o martelo, o parafuso, a lixa e o metro, o serrote. Finalmente a madeira rústica se transformou num fino móvel. Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão. O serrote tomou a palavra: _ Senhores ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com as nossas qualidades, com os nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos e concentremo-nos em nossos pontos fortes.
Todos entenderam, então, que o martelo era forte, o parafuso unia, a lixa era especial para limpar e afinar as asperezas enquanto o metro era preciso e exato pra possibilitar o trabalho do serrote. Sentiram-se, então, como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade e passaram a trabalhar com alegria, em equipe.
Fonte:
BRANDÃO, Josué. O ExÃmio carpinteiro. Mensageiro da Paz. Rio de Janeiro, jul. 2015. p. 27.
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